terça-feira, 24 de maio de 2016


Após 3 horas de reunião na manhã desta segunda-feira 23, o Conselho Municipal de Transporte -CMT, aprovou a tarifa de R$ 2,70 para a passagem inteira e R$ 0,90 passe estudantil. Este valor resultou da análise da planilha apresentada pelo SETRANS ao conselho, primeiramente no valor de 3,33. Vale destacar que a planilha do SETRANS tomou por base o extinto GEIPOT já contestado por especialistas do setor,  pois segundo essa forma de cálculo os custos médios, fixos e variáveis incorridos na produção do transporte são todos repassados aos usuários pagantes premiando a ineficiência das empresas com reajuste. Após o pedido de vista de um dos membros na ultima reunião(17/05), o conselheiro apresentou um parecer questionando o método utilizado para o cálculo da tarifa pedindo a suspensão da votação das tarifas, pois tanto a tarifa apresentada pelos empresários de 3,33 quanto a tarifa do parecer da comissão 2,83 basearam-se no GEIPOT em um método obsoleto. No entanto o parecer foi rejeitado em votação pelos empresários e por entidades que se dizem “representantes da sociedade civil”. Então duas tarifas técnicas entrariam em votação, no entanto uma terceira tarifa de R$ 2,70 chamada de consensual foi apresentada por um dos membros, vale ressaltar que a terceira tarifa não tem nenhuma base técnica, apresentada apenas no achismo e por pressão dos empresários. Apos a votação por 9 votos a favor e 4 votos contra todas as tarifas, venceu a proposta de 2,70. A UES votou contra as três propostas no que se refere a legitimidade do métodos de cálculo em beneficio das empresas e prejuízo da população e contra o aumento da tarifa em Santarém sendo que do ponto de vista do capital as concessionárias de transporte são muito eficientes dando lucros extraordinários aos seus donos  mas do ponto de vista social são totalmente falidas, com sofrimento cotidiano para os usuários com a precária frota de ônibus e baixos salários aos  trabalhadores.
JÁ CHEGA DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO SERVIÇO DE TRANSPORTE PÚBLICO NO MUNICÍPIO SEREM o SUCATEAMENTO e PRECARIZAÇÃO DAS FROTAS DE ÔNIBUS!
As recorrentes propostas de aumento da tarifa, sustentam-se num modelo defasado, que segrega as camadas mais pobres, estudantes, trabalhadoras e trabalhadores. Isto porque, sob a tarifa, pesam todos os custos do serviço: por um lado, o poder público é omisso, e se recusa em se responsabilizar e desenvolver qualquer tipo de política pública para tornar mais democrático e eficiente a mobilidade urbana no município. Por outro, - resultado desta omissão - os empresários acabam planejando e executando tais “políticas”, que, dada a visão estreita e a sanha por lucros, acabam imprimindo um quadro caótico ao transporte público, penalizando o usuário final. O lobo toma conta do cordeiro!
Precisamos questionar a fundo qual a verdadeira finalidade do transporte público em Santarém. Trata-se de um serviço “normal”, que ano a ano, deve ter o preço reajustado, impactando ainda mais o usuário? Obviamente que não. A tarifa tem um peso direto na renda de milhares de famílias santarenas. Quanto maior o preço da tarifa, pior as condições de vida, maior o impacto sobre o bolso de quem muitas vezes não tem nem mesmo o que comer. O transporte deve atender as necessidades dos usuários, não aos lucros dos empresários!
É por isso que precisamos combater o aumento da tarifa do buzão.  Os donos do poder querem segregar e tornar Santarém cada vez mais desigual. Nosso “ir e vir” não pode estar sujeito à lógica dos mercados. As catracas não podem nos impedir de ter acesso à cidade!  
A União dos Estudantes de Ensino Superior de Santarém (UES), entidade que historicamente esteve lada a lado aos estudantes, combatendo os aumentos abusivos da tarifa, lutando pela democratização da cidade, faz um grande chamado a todos os estudantes de Santarém a tomar as ruas e dizer: NÃO AO AUMENTO NA TARIFA DO BUZÃO!

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