quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

2011 foi um ano de muitas lutas, no Brasil e no mundo. A juventude teve um papel central nas principais mobilizações, do mundo árabe aos EUA, da Europa ao Chile, do Rio Grande do Sul ao Pará, etc. O Blog da UES, neste ano, buscou acompanhar e divulgar essas lutas, que apontam para transformações profundas na sociedade.
Confira abaixo a lista dos 10 posts mais lidos em 2011.

1) 175 anos da Cabanagem serão festejados em Cuipiranga;
2) Juventude em luta na UFOPA;
3) Governo Dilma anuncia corte de verbas na Educação;
4) Aula magna da UFOPA é marcada por protestos;
5) Santarém contra Belo Monte;
6) Do nascer ao pôr do sol: o dia em que Belo Monte parou!;
7) Todo apoio à luta dos bombeiros do RJ!
8) Canteiro de obras de Belo Monte é ocupado;
9) O exemplo que vem do Chile;
10) Estudantes na rua contra o aumento da passagem de ônibus.

Agradecemos os nossos leitores por nos acompanharem em 2011 e desejamos a todos um ótimo ano novo. Que 2012 seja um ano cheio de lutas e vitórias para a juventude e os povos do mundo inteiro.

DIRETORIA DA UES

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011


Ocorrerá nos dias 06, 07 e 08 de janeiro de 2012 o II Encontro da Cabanagem na comunidade de Cuipiranga, situada no município de Santarém/PA. O evento é uma iniciativa da Associação dos Moradores de Cuipiranga, com apoio do “Projeto Memórias da Cabanagem” (Programa de Antropologia e Arqueologia da UFOPA) e das seguintes entidades: SINTEPP, UES, DCE-UFOPA SINDUFOPA, GCI e Radio Rural.
O objetivo do Encontro é valorizar e celebrar a memória dos cabanos no lugar onde tiveram o seu mais resistente acampamento no baixo Amazonas, e onde até hoje os moradores e descendentes lutam pelos seus direitos. A previsão é reunir 200 pessoas, entre moradores de Cuipiranga e comunidades vizinhas e um grupo de estudantes universitários e representantes de movimentos sociais que irão de Santarém.
No início de 2011 ocorreu o I Encontro da Cabanagem, que contou com uma expressiva participação de moradores de Cuipiranga e da cidade de Santarém, representando uma importante iniciativa de resgate e valorização da história da cabanagem na região. O II Encontro pretende dar prosseguimento a essa luta em defesa da memória cabana.
- No Facebook da UES você encontra algumas fotos do I Encontro da Cabanagem em Cuipiranga;
- Acesse o blog Caravana da Memória Cabana.

# Confira a PROGRAMAÇÃO do Encontro no 'Mais Informações'

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

No dia 18 de dezembro de 2011, pouco mais de 12.500 candidatos, sobreviventes de uma cruel peneira quase dez vezes maior, realizaram a última etapa do processo seletivo da Universidade do Estado do Pará, que ofertou este ano 3.232 vagas para todo o estado do Pará. Trata-se do problema histórico de acesso à educação do nosso país, que permite que apenas uma porcentagem ínfima da população brasileira tenha acesso ao sistema de educação público.
Recentemente, ainda neste semestre, a UEPA discutiu políticas de acesso e avaliação da Universidade, conversando de primeira mão, depois de 18 anos de existência, sobre políticas de cotas para a Universidade pública mais elitizada do estado do Pará. Mesmo com a mínima política de incentivo, com cursinhos populares e isenção de 11.000 candidatos à inscrição no processo seletivo, a UEPA passa longe de reverter a desigualdade histórica de acesso às IES do nosso país. Sendo, portanto, o tema das cotas é uma importante discussão a ser feita com toda a sociedade diretamente afetada por esse problema arcaico e ao mesmo tempo atual da educação no Brasil.
Como se já não bastasse toda a desigualdade e dificuldade por qual passa toda a juventude para ter acesso a essas poucas vagas que o investimento público permite ter, recentemente explodiu a notícia nos sites alternativos de que IZABELA VINAGRE PIRES FRANCO, FILHA DE VIC E VALÉRIA PIRES FRANCO - figuras públicas e políticas do Democratas (DEM) -, tentou, ADMINISTRATIVAMENTE, se matricular na UEPA sem passar pelo processo seletivo desta instituição ou fazer sequer uma provinha de “vestibulinho”. Isso porque esta passou em Medicina em uma faculdade particular em São Paulo, chamada Anhembi Morumbi, que, como outras tantas universidades privadas do país, encontra-se em péssimas condições de qualidade de ensino, registrados pelo próprio MEC.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Por Felipe Bandeira*
Na história, como já afirmara Hegel, existem personagens que aparecem duas vezes. Aferição posteriormente enriquecida por Marx, acrescentando que na primeira vez aparecem como tragédia e na segunda como farsa. Consideramos Getúlio Vargas, ditador do “Estado Novo”, e o Getúlio carismático e prestativo de 1954 - homem disposto a morrer pela Pátria. O Lula líder sindical nos anos 80 e o Lula presidente “conciliador de classes”, agradando aos banqueiros e ludibriando os trabalhadores em 2002. Em circunstâncias similares se seguiu também a figura de Jader Barbalho.
Jader ficou (e é) conhecido em sua carreira política por várias denúncias de corrupção e de ter enriquecido à custa de dinheiro público. Foi vereador, senador, deputado, governador e ministro. É dono de boa parcela dos mais influentes meios de comunicação do estado do Pará, incluindo emissoras de TV e jornais impressos.
A tradição corrupta de nossa política propiciou a Jader terreno fértil para fincar suas raízes, e fazer do Pará um imenso curral eleitoral. Clarificando os fatos, de certo modo não agiu sozinho em sua empreitada, a memória corrupta de gerações também pesou na perpetuação de um infeliz paradigma político apodrecido pela falta de Ética.
Disfarçando-se de cordeiro, Jader vem a cena como protagonista da mais nova trama política do país. Impedido de assumir o cargo de senador da república pela lei do Ficha Limpa, o pobre homem recorreu aos quatro cantos do Brasil por seu “lugar de direito”, o qual - sem falsa modéstia e com uma pitada de arrogância - já esperava ser seu. Por conta do descrédito da decisão do STF, passando por cima da lei Ficha Limpa, hoje muitos paraenses sentem o gosto amargo da farsa da justiça, que com suas próprias mãos estrangula ainda mais o povo cabano.
Em contrapartida a decisão foi recebida com festa pelos seus admiradores, ao som da corja ladrões que há anos se mantém no poder. Os fantasminhas da ALEPA, com Juvenil e CIA estavam presentes para prestigiar tal acontecimento. O ministro Cezar Peluzo também foi importante para o festivo dia do incauto Barbalho. Em dúvida sobre que posicionamento tomar em relação à questão, algumas semanas atrás, o ministro teve a cabeça aberta - como se fora feito a golpes de machado - após uma reunião com a cúpula do PMDB, o que garantiu através do dispositivo do “voto de minerva” que Jader assumisse a cadeira no senado, ocupada até então por Marinor Brito do PSOL.
Jader Barbalho deverá assumir o senado até o dia 21, data em que se realiza a última sessão do órgão. O ano acaba péssimo para todos nós.
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* Felipe Bandeira é diretor do DCE-UFOPA e militante do Juntos! Juventude em luta.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Usinas estão sendo construídas sem consulta a povos impactados e deverão atingir locais sagrados de Terras Indígenas, como cemitérios. Lideranças afirmam que autorizações foram concedidas sem avaliação de impactos e estudos sobre componente indígena. Elas afirmam que comunidades estão sendo coagidas a participar das reuniões sobre medidas de mitigação e compensação de danos que desconhecem.
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Enquanto os olhos do País estão voltados para usina de Belo Monte (PA), o governo federal tenta acelerar a construção de seis barragens no Teles Pires, um dos formadores do rio Tapajós, entre o sudoeste do Pará e o norte do Mato Grosso. Para toda a bacia, o plano é instalar um total de 16 barragens.
Devem ser impactados mais de 10 mil indígenas Kaiabi, Mundurucu e Apiacás que vivem às margens dos rios da região e dependem deles para sobreviver, nas TIs (Terras Indígenas) Munduruku, Kayabi e Sai Cinza.
Na TI Munduruku, as usinas Teles-Pires, São Manoel, Foz do Apiacás, Colíder e Chacorão alagarão sítios arqueológicos e lugares sagrados, como cemitérios e a cachoeira das Sete Quedas, onde acontece a desova dos principais peixes consumidos por índios e ribeirinhos na região.
No dia 1º de dezembro, lideranças dos três povos reunidas na aldeia Kururuzinho, na TI Kayabi, elaboraram uma carta, endereçada ao governo federal, na qual denunciam uma série de ilegalidades cometidas nos processos de licenciamento ambiental e federal das hidrelétricas.
De acordo com o documento, os direitos dessas populações estão sendo desrespeitados no planejamento e execução das obras. As irregularidades vão desde a ausência de informações, consulta e diálogo com os povos indígenas afetados, até a concessão ilegal de autorizações ambientais, como as licenças prévia e de instalação da usina Teles-Pires sem que seus impactos tenham sido avaliados e sem que tenham sido elaborados e aprovados pela Funai (Fundação Nacional do Índio) os estudos sobre o componente indígena do projeto.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Ocorrida nos dias 06 e 07 de dezembro, a eleição para o Conselho Universitário pro tempore da UFOPA foi marcada por um grande peso dos votos nulos nas 3 categorias. Votar nulo foi a forma que encontrou a comunidade acaddêmica para repudiar a composição antidemocrática do CONSUN, em que a Administração Superior tem 13 vagas e as 3 categorias juntas apenas 9 vagas.
Realizada a apuração dos votos em Santarém, constatou-se o seguinte resultado:

- Estudantes: 444 votos nulos (75%), 125 votos válidos, 18 votos brancos;
- Técnicos-administrativos: 71 votos nulos (48%), 77 votos válidos;
- Docentes: 54 votos nulos (35%), 101 votos válidos.
O resultado das eleições no demais campi da UFOPA ainda não foi disponibilizado pela Comissão Eleitoral, que é presidida pelo vice-reitor da Universidade, professor Clodoaldo Alcino.
Mesmo com a expressiva reprovação do CONSUN pela comunidade acadêmica, materializada nos votos nulos, a Administração Superior já divulgou os "candidatos eleitos" (veja AQUI). Até mesmo na eleição do corpo discente, em que 75% dos votos foram nulos, os 3 únicos candidatos que disputavam o pleito foram considerados eleitos, porém, obviamente, não representam a categoria.
A atitude da Reitoria é uma verdadeira afronta à comunidade universitária. Os representantes das 3 categorias prometem reagir e apresentarão um recurso pedindo a anulação do pleito. Além de questionar a legitimidade do processo eleitoral, as categorias alegarão o descumprimento do art. 25 do regimento eleitoral, o qual previa que toda cédula de votação seria assinada pelo presidente da mesa, caso contrário a cédula não seria computada. Segundo fiscais, nenhuma cédula tinha a referida assinatura.
Por outro lado, os estudantes realizarão uma ASSEMBLÉIA GERAL na próxima quarta-feira, dia 14/12, para debater o que fazer diante do atentado da Administração Superior à vontade da maioria do corpo discente. Na assembléia, tomará posse a nova diretoria do Diretório Central dos Estudantes da UFOPA, eleita através de voto direto no dia 17 de novembro.
Diante do visível autoritarismo da Reitoria Seixas, não resta outra opção aos estudantes que não ir à luta por uma Universidade democrática, em que as 3 categorias sejam soberanas. DEMOCRACIA REAL JÁ NA UFOPA!
# Leia também:

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011


Estudantes paraenses, universitários e de ensino médio, vinculados a movimentos ambientalistas resolveram entrar na guerra dos vídeos que circulam na internet sobre a polêmica obra de Belo Monte. Contrários à hidrelétrica, criticam a postura de outros estudantes, que teriam gravado um vídeo sob encomenda da NESA, empresa responsável pelo impactamento ambiental da região, também criticam a conivência no governo com grupos econômicos. “Para os burocratas do governo, os números e cifrões valem mais que a vida, quando não é a deles”, afirmam. (Fonte: Site Ponto de Pauta)
# Veja também o VÍDEO do ato público dos estudantes de Santarém contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, ocorrido no dia 20 de agosto de 2011.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Arte: Felipe Bandeira e Romulo Serique
Nos dias 6 e 7 de dezembro de 2011 (terça e quarta-feira) ocorrerão as eleições para o Conselho Universitário (CONSUN) pro tempore da Universidade Federal do Oeste do Pará - órgão colegiado máximo da instituição. As entidades representativas das 3 categorias da Universidade - professores, estudantes e técnicos - fazem campanha pelo VOTO NULO nesse processo eleitoral.
Esse CONSUN pro tempore foi mais uma imposição da Reitoria Seixas sobre a comunidade acadêmica da UFOPA. Na composição do Conselho, a Administração Superior tem 13 vagas, enquanto as 3 categorias da comunidade acadêmica têm apenas 3 vagas cada uma. Ou seja, nas votações importantes a Reitoria sempre ganhará.
Em suas respectivas assembléias, as 3 categorias rejeitaram essa composição e se manifestaram pela paridade no CONSUN, isto é, uma distribuição de vagas na seguinte proporção: 1/4 das vagas para a Administração, 1/4 para professores, 1/4 para estudantes e 1/4 para técnicos. No entanto, o Reitor ignorou o posicionamento da comunidade e chamou eleições para o CONSUN.
Dessa forma, em resposta ao autoritarismo da Reitoria, o DCE (entidade dos estudantes), o SINDUFOPA (sindicato dos docentes) e a comissão representativa dos técnicos-administrativos convocam toda a comunidade acadêmica da UFOPA a votar NULO nas eleições desse CONSUN de fachada, que é um simulacro de democracia.
"Não queremos um CONSUN dominado pela Reitoria. Queremos e exigimos um órgão colegiado democrático em que a comunidade acadêmica tenha voz e vez, com plena capacidade de decidir os rumos da instituição. Isso só é possível com a paridade. Por isso vamos votar nulo nesse CONSUN de fachada!" - afirma Heloise Rocha, do Diretório Central dos Estudantes da UFOPA.
Diante de tudo isso, nos dias 6 e 7, vote NULO no CONSUN que nos anula!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Ocorrerá nesta sexta-feira, 02/12, o evento "DEBATE E DISCUSSÕES SOBRE A CRIAÇÃO DO ESTADO DO TAPAJÓS". O debate é uma iniciativa de um grupo de estudantes de História do CEULS/ULBRA e terá início as 19 horas, no Auditório Vip desta universidade.
O objetivo do evento é discutir os argumentos e discursos que estão inseridos nos projetos das frentes favorável e contrária à criação ou não de mais dois estados da federação na região norte.
De acordo com a comissão organizadora do debate, "o estado do Pará passa por um momento ímpar em sua história, haja vista que protagoniza o cenário de divisão ou não de seu território para a criação de mais dois entes da União: Tapajós e Carajás". Daí a necessidade de aprofundar a discussão sobre o tema.
O acesso ao debate é livre; as inscrições, para quem quiser certificado, custam R$ 5,00.

PROGRAMAÇÃO
19:00-19:10h - Abertura
19h15h - Composição da Mesa
19:25h - Início das considerações e Argumentos da mesa
20:30h - Término das argumentações e Início das Argüições
21:30-22:00h - Término das Argüições e Considerações finais

MEMBROS DA MESA

Frente Pró – Tapajós
Pe. Edilberto Sena (Rádio Rural)
Evaldo Viana (Auditor Federal)
Raimundo Bezerra (Comitê Pró-Tapajós)

Mediadores
Profª. Dra. Francisca Canindé B. dos Santos
Wilverson Rodrigo S. de Melo (Perspectiva histórica)

Frente Contra a criação do Tapajós
Profª. Aline Mendes ( a confirmar)
Jorge Messias do Nascimento Flexa (SINTSEPP)

# Contatos: w.rodrigohistoriador@bol.com.br; história.stm@ulbra.br
Fones: (93) 9154-6472; 91824128; 91580348; 9154-1939
Estudantes da Universidade Federal do Oeste do Pará irão as ruas de Santarém na próxima sexta-feira, dia 02 de dezembro, em protesto contra os inúmeros problemas acadêmicos vivenciados na instituição. O ato público, denominado EU QUERO MEU DIREITO, sairá as 18:30 horas da frente da UFOPA - Campus Tapajós, rumo à Orla da cidade.
A iniciativa de construir a manifestação partiu de estudantes do Instituto de Ciências da Sociedade, que se vêem seriamente prejudicados com o 'novo' modelo acadêmico implantado este ano pela Reitoria Seixas. Nesse modelo, os acadêmicos, ao adentrarem na Universidade, precisam disputar entre si as vagas existentes nos institutos e cursos.
De acordo com a Comissão Organizadora*, o objetivo do ato é "expor à sociedade civil santarena e principalmente aos estudantes que pretendem ingressar na UFOPA a realidade prática de aplicação do novo modelo implantado que se distancia em muito do belo discurso teórico exposto na mídia pelo excelentíssimo senhor REItor Seixas Lourenço".
Outros problemas da UFOPA também serão tratados na manifestação, como a ausência de democracia na instituição, a falta de diálogo da Reitoria com a comunidade acadêmica, os problemas estruturais da Universidade e a carência de políticas de assistência estudantil.
Dessa forma, a comissão organizadora convida todos os estudantes da UFOPA e a sociedade em geral para se somarem a esse ato público na luta por uma Universidade de qualidade. Confirme sua presença no Facebook.
Confira no 'Mais Informações' o manifesto divulgado pela Comissão Organizadora do ato público "Eu quero meu Direito".
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