terça-feira, 31 de maio de 2011

Charge de Juliana Borges, no Blog Pele da Terra

Texto de Leonardo Sakamoto:

O governo federal anunciou ações para evitar novas tragédias na Amazônia, como os assassinatos das lideranças rurais Maria e Zé Cláudio, no Pará, e Adelino Ramos, em Rondônia. Sem medo de estar enganado, e ainda sem o detalhamento exato das ações, tenho a certeza de que – mais um vez – isso não vai dar certo. Intensificar a fiscalização e o controle (como informado ontem) são importantes, mas não terão efeito nenhum se o próprio Estado continuar como cúmplice – por ação ou inação – dessa violência.
Para começar, para que formar uma comissão interministerial para analisar o assunto? Pelo amor de Deus! Qualquer sagui bêbado da floresta sabe a razão de se morrer a bala na região de fronteira agrícola. A violência na Amazônia não é uma doença, mas sim um sintoma. Ou seja, a fiscalização é uma parte importante – mas ameniza, não resolve. É como pegar malária e ficar tratando as dores pelo corpo com aspirina. No caso, estar sofrendo de infecção generalizada e receber um tylenol para aguentar as pontas. Ao mesmo tempo, proteger os ameaçados é importantíssimo e fundamental, mas trata sintomas e não o coração da história.
As mortes no campo são resultado de um modelo de desenvolvimento concentrador, excludente, que privilegia o grande produtor e a monocultura, em decorrência ao pequeno e o médio. Que explora mão-de-obra de uma forma não-contratual, chegando ao limite da escravidão contemporânea, a fim de facilitar a concorrência em cadeias produtivas cada vez mais globalizadas. Que fomenta a grilagem de terras e a especulação fundiária, até porque tem muita gente graúda e de sangue azul que se beneficia com as terras esquentadas e prontas para o uso. Que muito antes da época dos verde-oliva já considerava a região como um “imenso deserto verde” a ser conquistado – como se o pessoal que lá morasse e de lá dependesse fossem meros fantasmas. Que está pouco se importando com o respeito às leis ambientais, porque o país tem que crescer rápido, passando por cima do que for. Tudo com a nossa anuência, uma vez que consumimos os produtos de lá alegres e felizes.

domingo, 29 de maio de 2011


Por Giulia Tadini*
Antes das Revoluções Árabes qual era a nossa visão sobre as mulheres mulçumanas? Lembramo-nos da Jade em “O Clone” fugindo de um casamento arranjado e da burca, ou então pensamos nas odaliscas em algum harém imaginário. Para além disso, costumamos explicitar as opressões que sofrem as mulheres mulçumanas, muitas vezes fazendo extensos debates sobre seus costumes, enquanto escondemos o quanto nós, “as ocidentais”, também somos oprimidas diariamente.
Mas, se isso é de fato verdade, onde estavam as mulheres que hoje estão nas ruas do Oriente Médio tendo papel protagonista nas Revoluções Árabes? Naomi Wolf em artigo na Al Jazeera [1] fala em uma revolução feminista no mundo árabe, na qual as mulheres transcendem os papéis rígidos de gênero e assumem posições de liderança nas manifestações. Após décadas, houve, neste ano, um 8 de março no mundo árabe.
Essa foto mostra estudantes que protestavam durante uma manifestação em frente ao edifício da principal da Universidade no Cairo para exigir a renúncia do reitor [2]. Nela podemos ver que em nada as mulheres do Egito correspondem ao estereótipo que temos delas. São mulheres lutando contra ditaduras, ocupando as ruas e praças e transformando sua realidade. São exemplos para as mulheres do mundo todo.
“As mulheres do Egito não só ‘se somam’ aos protestos, mas tem sido uma força destacada da evolução cultural que as tornou indispensáveis. E o que vale para o caso do Egito, pode se dizer também, em maior ou menor medida, para todo o mundo árabe. Quando as mulheres mudam, tudo muda; e as mulheres do mundo muçulmano estão mudando radicalmente” (Naomi Wolf).

sábado, 28 de maio de 2011

Por Israel Dutra*
“Eles não nos deixam sonhar, não os deixaremos dormir”
A velocidade das notícias, no atual período turbulento que vive o planeta, se multiplica. A morte de Bin Laden e a prisão de Strauss-Kahn trouxeram à tona mais incertezas no complexo cenário mundial. Contudo, um elemento novo surpreendeu a todos. A irrupção do movimento de “indignados” em Madrid acelerou ainda mais a história. Seguido por quase 200 manifestações em todo o território espanhol, mobilizou centenas de milhares de pessoas no país.
O “15-M”[alusivo a data da primeira manifestação] rompeu a apatia do calendário eleitoral espanhol. Em pleno 2011, temos um novo Maio na Europa. A juventude e o movimento dos “indignados” estão construindo uma ponte com as revoluções do mundo árabe e a luta do povo da Islândia contra os bancos e a crise. Foram manifestações que tomaram as praças centrais de Barcelona, Valencia, Granada, Sevilha, organizando acampamentos permanentes, com decisões assembleístas, atividades diárias, intervenções artísticas. Mesmo proibidos, centenas de milhares de pessoas, no dia da eleições [22 de março] desafiaram o Supremo Tribunal e tomaram as ruas de todo o país. Uma semana em que a Espanha respirou sua nova primavera política.
A mobilização da “Puerta del Sol” trouxe, como bem afirmou Pedro Fuentes, a praça Tahrir para o coração da Europa.

A geração # : à rasca, sem futuro e indignada
As bases fundamentais para a mobilização da Puerta del Sol que se alastrou por toda Espanha combinam dois elementos: os efeitos cada vez mais duros da crise econômica e a marginalização política, efeito do regime controlados por uma partidocracia. A juventude que se expressa nas praças tem constantemente recebido o “não” como resposta. Não há vagas, não há lugar para intervir politicamente, não há moradia digna, não há educação de qualidade, não há possibilidades, não há futuro. A elite social e política espanhola, controlada pelo bipartidarismo a serviço dos bancos fez “ouvidos moucos” durante muito tempo. Agora o barulho é ensurdecedor.
A relação que existe com os processos de mobilização recente do mundo árabe é direta. Não apenas pela eficácia das convocações que, burlando os mecanismos “oficiais”, ocorreram via as redes sociais e formas de comunicação alternativa. A identidade é bem maior. Nas praças da Espanha se podia ouvir referencias tanto a Praça Tahrir quanto a Islândia [país que aprovou o não pagamento de dívida com bancos em dois referendos populares]. Solidários na precarização, solidários na luta. Como referência aos islandeses, que protestaram por um ano durante todos os sábados, os manifestantes cantavam: “Espanha em pé, uma Islândia é”.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

No site do Juntos! Juventude em Luta:


Durante a tarde desta quinta-feira (26/05), cerca de 250 estudantes da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) ocuparam o saguão da reitoria no Campus Anglo. A medida era para entregar ao reitor César Borges uma lista de reivindicações de 14 cursos da instituição.
De acordo com os estudantes, foi buscado um contato de forma diplomática, por meio de ofícios, porém o grupo não obteve retorno. Na tentativa de chamar o reitor para uma conversa, os alunos gritaram “Desce! Desce!” e bateram latas.
A manifestação começou na Rua XV de Novembro, no centro da cidade, por volta das 13h30min, quando os estudantes saíram em passeata e passaram por vários prédios da universidade para chamar os alunos ao protesto. No momento da chegada à reitoria, foram impedidos de entrar, mas forçaram e conseguiram ocupar o saguão do local.
Confira no mais informações a lista de reivindicações dos estudantes da UFPEL.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Dando continuidade ao processo de mobilização contra o reajuste da tarifa de ônibus em Santarém/PA, mais de 200 estudantes, entre universitários e secundaristas, tomaram as ruas da cidade, nesta quarta-feira (25/05), para pressionar a Prefeita Maria do Carmo Martins (PT) a não decretar nenhum aumento no transporte coletivo.
A manifestação teve início às 8 horas da manhã na Praça São Sebastião, local de concentração dos estudantes. De lá, os manifestantes caminharam pelas ruas do centro de Santarém, entoando palavras de ordem de protesto contra o governo municipal que, mais uma vez, quer aumentar a tarifa sem aumentar a qualidade do serviço.
A estudante Janaina Azevedo, integrante do grêmio do colégio estadual São Francisco, afirma que “além da luta contra o reajuste da tarifa, nós queremos gratuidade nos coletivos para todos os estudantes de Santarém. Passe livre já!”.

Após percorrer o centro da cidade, inclusive paralisando o trânsito em algumas ruas, a passeata subiu a Av. Barão do Rio Branco, parando em frente ao Sindicato das Empresas do Transporte Coletivo (SETRANS), local em que o coordenador geral da UES, Ib Tapajós, disparou: “Nós sabemos que a infra-estrutura de Santarém está péssima, com as ruas cheias de buracos. Porém, os empresários de ônibus têm de pressionar a Prefeitura para melhorar a infra-estrutura urbana do município, ao invés de tentarem repassar para a população os prejuízos que sofrem. A classe trabalhadora não pode ser penalizada pela incompetência do poder público municipal”.
Saindo do SETRANS, os estudantes seguiram rumo à Prefeitura Municipal de Santarém (PMS), enfrentando inclusive a chuva que começou a cair na cidade. Chegando ao Palácio Jarbas Passarinho, sede da Prefeitura, os manifestantes ocuparam o pátio e exigiram uma audiência com a prefeita Maria do Carmo. No entanto, de acordo com informação repassada pelos funcionários da PMS, Maria se encontrava em Brasília.
Sendo assim, uma comissão de estudantes foi recebida pelo Secretário de Transportes, Sandro Lopes, e pelo Secretário de Governo, Juca Pimentel. Na reunião, as lideranças estudantis apresentaram uma pauta de reivindicações ao governo, que inclui, além, do congelamento da tarifa integral, a instituição do passe livre e a ampliação das linhas universitárias, de modo a atender devidamente os acadêmicos da UFOPA e UEPA, e a abertura de processo licitatório para selecionar as empresas que tenham melhores condições de operacionalizar o serviço.
Nenhuma posição concreta foi dada aos estudantes. Segundo Juca Pimentel, a Prefeita ainda não tomou nenhum posicionamento sobre o reajuste da tarifa. Quanto ao passe livre, o referido secretário afirmou que tal pauta deve ser encaminhada junto ao Conselho Municipal de Transportes, que é o espaço da sociedade civil para discutir e deliberar sobre políticas públicas de transporte no município.
Frente à ausência de respostas objetivas às demandas apresentadas, o movimento estudantil continuará mobilizado e promete voltar às ruas para reivindicar as pautas pendentes. “Nossa luta não se refere somente à tarifa. Queremos um transporte público de qualidade, que atenda devidamente à demanda da população santarena.” – afirma Ib Tapajós.
Diante de tudo isso, o dia 25 de maio de 2011 foi uma data especial para o conjunto dos estudantes de Santarém. Mais uma vez o movimento estudantil deu um show de democracia e de protagonismo social, demonstrando a todos que a juventude em luta é capaz de mudar os rumos da história. Até a vitória sempre!

terça-feira, 24 de maio de 2011


Venha participar do segundo ATO PÚBLICO do movimento estudantil em 2011 contra o aumento da tarifa de ônibus em Santarém!
Vamos dizer NÃO a esse ataque ao bolso da população.
Nenhum aumento na tarifa de ônibus!
PASSE LIVRE para todos os estudantes e desempregados do município!

Data: 25/05/2011 (Quarta-feira).
Concentração às 8 horas na Praça São Sebastião.
Para mais informações: (93) 3063-4183


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sábado, 21 de maio de 2011

Na última sexta-feira, dia 20/05/2011, o movimento estudantil santareno voltou às ruas para protestar contra o aumento no preço da passagem de ônibus em Santarém. Mais de 100 estudantes, universitários e secundaristas, atenderam ao chamado da UES e, no horário de 18h, pararam o trânsito da Av. Rui Barbosa, a rua mais movimentada da cidade, dando um recado à Prefeitura de Santarém: não aceitarão nenhum aumento no preço do transporte coletivo!
A convocação para a manifestação se deu logo após o Conselho Municipal de Transporte (CMT) aprovar um novo valor para a tarifa dos coletivos: R$ 1,95; o valor da meia-estudantil foi mantido em R$ 0,65 pelos conselheiros. Tais decisões serão submetidas à apreciação da prefeita Maria do Carmo, que poderá inclusive modificar os valores indicados pelo Conselho.
Ainda que o valor da meia-estudantil seja mantido, o movimento estudantil se posiciona categoricamente contrário ao reajuste da tarifa integral. “Somos solidários aos trabalhadores de Santarém, que ganham um salário mínimo por mês (ou menos) e, portanto, terão sua renda familiar prejudicada se o aumento realmente se concretizar” - afirma Sheila Braga, diretora da União dos Estudantes de Ensino Superior de Santarém.
Ademais, para a diretoria da UES, o congelamento da meia-passagem dos estudantes é um avanço importante, porém limitado. “Nossa luta vai além disso. Queremos passe livre para todos os estudantes de Santarém, como forma de garantir o amplo direito de ir e vir àqueles que precisam do transporte coletivo para se deslocar às suas escolas/universidades, bem como para eventos de esporte, cultura ou lazer” - defende o coordenador geral da UES, Ib Tapajós, que também denunciou a péssima qualidade do serviço prestado à população - ônibus velhos e lotados, frota insuficiente e linhas mal-planejadas, etc.
Nesse clima de reivindicação, os estudantes tomaram as ruas do centro de Santarém e fecharam por cerca de 30 minutos a Av. Rui Barbosa, chamando a atenção da população santarena para o aumento da tarifa, que significa um forte ataque ao bolso da classe trabalhadora.
Ao final do ato, ocorreu uma plenária estudantil, em que foram escolhidos representantes das escolas (São Francisco, Frei Ambrósio, Álvaro Adolfo, Madre Imaculada, Rodrigues) para organizarem, juntamente com a diretoria da UES, a próxima manifestação de rua contra o aumento, que se dará na quarta-feira, 25/05.
A batalha contra mais esse aumento da passagem está apenas começando. “Estudante na rua, a luta continua!”
Editorial da 3ª edição do jornal Juntos! Juventude em Luta

Por Maurício Costa*

Nem bem começou e o governo Dilma já prova que a velha política corrupta, vendida e desigual vai imperar no Brasil nos próximos anos. Com a desculpa de uma política “desenvolvimentista”, o governo transforma o país em um canteiro de obras. Por quê? O “desenvolvimentismo” do PAC e de outros programas de Dilma não passa de uma lógica de consórcios em que as grandes empresas conduzem diretamente a política nacional, sem dar bola para os impactos sociais e ambientais.
O meio ambiente brasileiro é a bola da vez. O grande empenho do governo para aprovar as mudanças no Código Florestal e as usinas de Belo Monte e do Rio Madeira tem a ver com a sede insaciável de lucro dos ruralistas, empreiteiros e empresários que bancam milhões em campanhas eleitorais para montar suas próprias bancadas no Congresso.
No caso do Código Florestal, o responsável por fazer o “jogo sujo” dos ruralistas foi Aldo Rebelo, do PCdoB. Ex-presidente da UNE, ele representa hoje uma traição para toda a história combativa dos comunistas. Aldo é mais um exemplo do que impera nos partidos do atual governo, repletos de burocratas que só pensam em seus mandatos e vendem seus ideais ao agronegócio e às empresas que financiam suas campanhas.
É uma trágica ironia que o governo do Partido dos Trabalhadores seja controlado pelas grandes empresas e que o Partido Comunista do Brasil seja o responsável pelos principais projetos capitalistas, antiambientais e contra o povo brasileiro.
Mais triste ainda é que uma parte expressiva das lideranças do movimento estudantil hoje também vive essa “burocratização”. Em troca de cargos, prestígio, e financiamento, a maioria da direção da UNE – composta pelo PCdoB e pelo PT – esquece as lutas e os sonhos da juventude e transforma-se em caixa de ressonância da política do governo.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Estudantes santarenos, mais uma vez os empresários de ônibus e a Prefeitura de Santarém tentam aumentar o valor da tarifa do transporte coletivo na nossa cidade. Apesar de o serviço prestado à população ser de péssima qualidade (ônibus sucateados, linhas mal-planejadas, frota insuficiente), os empresários propõem o valor de R$ 2,11 para a nova tarifa.
Além disso, o SETRANS (Sindicato dos Empresários do Transporte Coletivo) já disse que quer cancelar o congelamento da meia-estudantil, que foi conquistado em 2008 depois de muitas lutas do movimento estudantil.
Às escondidas, a Prefeitura convocou uma reunião do Conselho de Transportes, cuja pauta principal é o aumento do preço da passagem de ônibus. Será nesta sexta-feira, dia 20 de maio, às 14 horas, na sede da Secretaria Municipal de Transporte (SMT), situada na Av. Cuiabá, próximo ao trevo da Moaçara.
Precisamos dizer NÃO a esse ataque ao bolso dos estudantes e da população santarena.
MÃOS AO ALTO: R$ 2,11 É UM ASSALTO!
NENHUM AUMENTO NA PASSAGEM DE ÔNIBUS EM SANTARÉM!
TODOS À REUNIÃO DO CONSELHO DE TRANSPORTES PARA BARRAR ESSE AUMENTO!
SEXTA FEIRA (DIA 20/05), ÀS 14 HORAS NA SMT.

UNIÃO DOS ESTUDANTES DE ENSINO SUPERIOR DE SANTARÉM (UES)
 

terça-feira, 17 de maio de 2011

No próximo dia 19/05 (quinta-feira) não haverá expediente normal de aulas e trabalho na Universidade Federal do Oeste do Pará. Ao invés disso, a comunidade acadêmica da UFOPA decidiu fazer dessa data um momento de luta, de combate ao regime autoritário do Reitor pro tempore José Seixas Lourenço. A paralisação foi aprovada em Assembléia Geral das 3 categorias (estudantes, professores e técnicos) no dia 05 de maio.
A bandeira central da paralisação do dia 19 é a luta por DEMOCRACIA na UFOPA, o que implica necessariamente a EXTINÇÃO DE TODOS OS PROCESSOS que pesam sobre a comunidade acadêmica. No entanto, além disso, a comunidade acadêmica lutará também pela instalação de órgãos deliberativos colegiados, eleições diretas para Reitoria e Direção dos Institutos e Programas, aprovação democrática do primeiro estatuto da UFOPA, dentre outras pautas.
A paralisação terá início com um ato público em frente ao campus Rondon, às 8:30h. Em seguida, haverá debates sobre vários temas pertinentes à UFOPA, como, p.ex., modelo de gestão e estrutura acadêmico-curricular. Representantes da Comissão Estatuinte se farão presentes para dialogar com as 3 categorias acerca dos temas fundamentais que constarão no primeiro Estatuto da Universidade.
Na hora do almoço, o DCE/UFOPA servirá aos manifestantes um "Sopão", como forma simbólica de protesto à ausência de um Restaurante Universitário na instituição. Ademais, programações culturais servirão como espaço de des
É fundamental que as 3 categorias participem em peso da paralisação. JUNTOS SOMOS MAIS FORTES e podemos vencer essa luta!
Confira no 'mais informações' a programação do dia 19/05 na UFOPA.

domingo, 15 de maio de 2011

Nery Júnio (DCE UFOPA), Israel Dutra (Juntos!), Ib Tapajós (UES) e Jakcson Uchoa (DCE UEPA).
Fotografia: Ramon Santos.
Um momento qualitativamente importante para a formação teórica e política da juventude universitária de Santarém: assim pode ser classificado o Seminário Juventude em luta: uma olhar sobre as lutas da juventude no Brasil e no mundo, promovido pela UES na última sexta-feira (dia 13 de maio), no auditório da UFOPA.
Em sua exposição, o palestrante Israel Dutra (cientista político e editor do jornal Juntos!) analisou o forte protagonismo que os jovens têm assumido nas lutas sociais e políticas em várias partes do mundo. São exemplos desse protagonismo as lutas na Europa, principalmente em países como Grécia e França, contra os planos de austeridade fiscal aplicados pelos governos em decorrência da crise econômica mundial iniciada em 2007. A Inglaterra presenciou também a mobilização de milhões de jovens contra a Reforma Universitária e o aumento do preço das mensalidades nas Universidades do país.
Por outro lado, nos últimos meses, a juventude teve um papel fundamental nos processos revolucionários que estouraram em vários países árabes. No Egito e na Tunísia, foram os jovens os maiores protagonistas das revoluções democráticas que derrubaram os ditadores Mubarak e Ben Ali que estavam há décadas no poder.
Diante da atual conjuntura de lutas intensas da juventude a nível internacional, Israel Dutra levantou uma hipótese, que, segundo ele, pode ou não ser confirmada pelos fatos nos próximos meses ou anos: a ocorrência de "um novo maio de 1968" no Brasil e no mundo.
No blog do Luiz Araújo:
Às vésperas do dia do/a assistente social, o Conjunto CFESS-CRESS, a ABEPSS e a ENESSO lançam uma campanha nacional que promete esquentar o debate sobre os cursos de graduação à distância em Serviço Social. Educação não é fast-food pretende chamar a atenção da sociedade, de uma forma provocativa, para a realidade desses cursos, comparando as aparentes facilidades do ensino à distância com um lanche rápido, mas pouco nutritivo.
"A agilidade desses cursos só pode ser garantida porque a graduação é realizada em condições precárias, como mostram os dados do relatório Sobre a incompatibilidade entre graduação à distância e Serviço Social, que embasa a campanha", afirma a presidente do CFESS, Ivanete Boschetti. "Desde 2000, as entidades representativas dos assistentes sociais têm se reunido para debater as mudanças no ensino superior que levam à precarização da formação. É nesse sentido que vimos a público defender a democratização do ensino, com garantia de qualidade na formação de profissionais capacitados para intervir na realidade brasileira, defendendo direitos e executando políticas para combater as desigualdades", ressalta.
"Nossos posicionamentos políticos não são fundados no desconhecimento e no preconceito, nem são dirigidos aos/às estudantes e trabalhadores/as do Ensino à Distância. Na verdade, a campanha marca nossa discordância com a política brasileira de ensino superior e com a expansão que não garante o acesso democrático ao ensino, tampouco assegura sua qualidade", reforça a presidente eleita da gestão Tempo de Luta e Resistência (2011-2014), Sâmya Rodrigues Ramos.
Para mais detalhes da campanha acesse: http://www.educacaofastfood.com.br/index.php

quarta-feira, 11 de maio de 2011

No próximo dia 13 de maio (sexta-feira), a partir das 19h no auditório da UFOPA, a União dos Estudantes de Ensino Superior de Santarém (UES) realizará um Seminário com o tema "JUVENTUDE EM LUTA: um olhar sobre as lutas da juventude no Brasil e no mundo".
O palestrante do evento será o cientista social e mestre em educação Israel Dutra, ativista político que acompanhou de perto os principais processos de luta da juventude brasileira nos últimos anos, como a batalha do movimento estudantil pelo passe livre, cujo ápice foi a Revolta da Catraca em Florianópolis (2005), e as diversas ocupações de Reitorias nas universidades brasileiras em 2007, dentre outros momentos históricos.
Israel analisará também o papel que a juventude tem desempenhado nas grandes mobilizações populares ao redor do mundo, como as revoltas contra os planos de ajuste fiscal na Europa e as poderosas revoluções democráticas que sacodem diversos países do mundo árabe.
Dessa forma, o Seminário da UES tem como objetivo incentivar o processo de organização da juventude santarena, despertando cada vez mais estudantes para a necessidade da luta política como instrumento de transformação social.
As inscrições podem ser feitas antecipadamente na sede da UES ou no dia do evento, no preço de R$ 3,00, com direito a certificado (4 horas de atividades).
Para mais informações: (93) 9145-3010 ou (93) 3063-4183.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Por Ricardo Souza Araújo*
Vivemos um rico período para o movimento estudantil, este ano nas Universidades, é ano de Congresso da UNE onde são pautados os rumos nacionais do movimento estudantil e suas lutas.
Foram de congressos como esse que se irradiou por todo o país as grandes lutas encabeçadas pela entidade, como o combate à ditadura militar, as Diretas Já e o Fora Collor.
Durante muitos anos a história da UNE foi a história da luta democrática no nosso país, como uma das entidades da sociedade civil que tomaram posição de linha de frente em nome de nossos direitos. Infelizmente nos últimos anos a Direção Majoritária vem se burocratizado e fazendo vistas grossas ao corte de verbas de 3,1 bilhões da educação, ao aumento abusivo do salário dos deputados, o descaso governamental com as vítimas das enchentes, e vários escândalos de corrupção como: o Mensalão e os Atos Secretos de Sarney, sendo que a UNE deveria ser a primeira a assumir uma postura crítica, como faria em outros períodos históricos.
Por isso somos Oposição de Esquerda a atual direção majoritária, pois a história provou que as maiores conquistas da educação no nosso país se deram na luta de rua, e valendo-se do espírito jovem e crítico mostramos nosso grande potencial. Mas este não é o fim da UNE, ela não está defasada, não podemos confundir a cabeça com o corpo, não podemos condenar uma entidade histórica e combativa, pela qual muitos morreram, por conta de uma direção sem compromisso com o movimento. Não podemos dizer que milhões de estudantes do Brasil todo estão errados por reconhecerem e participarem da entidade sendo que inclusive aprende-se na escola o papel que a mesma desempenhou.
A pergunta que vem à cabeça é porque esse grupo permanece tantos anos na direção majoritária? Entre outros motivos é que o processo eleitoral do Conune é indireto, os estudantes elegem seus delegados (1 delegado a cada 1000 alunos) em suas universidades e no congresso é votada a direção, o que é menos democrático e menos inclusivo.
Então, nós da Oposição de Esquerda, em nossas chapas de Porto Alegre a Belém defendemos para os próximos congressos que a eleição da direção (presidentes, tesoureiros, secretários…) seja direta, nas próprias universidades, proporcionando um debate de propostas mais rico e maior enraizamento na base. Acreditamos que a mesma UNE que lutou pelas “Diretas Já!” para o povo brasileiro votar no presidente do seu país, deve ter já eleições diretas para seu presidente e sua direção!
 
* Ricardo Souza Araújo é estudante de Políticas Publicas na UFRGS.
# Texto publicado no blog da chapa UFGRS Pública e Popular, ligada à Oposição de Esquerda da UNE, que concorre às eleições de delegados na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Foi dada a largada no processo de eleição de delegados das Universidades de Santarém para o 52º Congresso da UNE, que ocorrerá no período de 13 a 17 de julho na cidade de Goiânia. Os acadêmicos da UFOPA foram os primeiros a se mobilizar para o processo eleitoral. A votação em urna ocorrerá nos dias 11 e 12 de maio, nos 3 campi da Universidade.
Apenas uma chapa se inscreveu para o pleito, a chapa AMANHÃ VAI SER OUTRO DIA, composta por militantes e simpatizantes do coletivo Romper o Dia! - um dos agrupamentos que compõem o bloco de oposição de esquerda no interior da União Nacional dos Estudantes.
A esquerda da UNE defende propostas para o movimento estudantil brasileiro em um sentido totalmente oposto à política da direção majoritária da UNE, composta atualmente pela UJS/PC do B e pela juventude do PT, grupos que apoiam acriticamente todos os projetos e medidas do governo Lula/Dilma, mesmo quando se tratam de ataques claros à Universidade pública e aos estudantes brasileiros.
Diante disso, a chapa AMANHÃ VAI SER OUTRO DIA levanta, em consonância com diversos outros grupos da oposição de esquerda da UNE, bandeiras de fundamental importância ao conjunto dos estudantes, como a combatividade, democracia e independência do movimento estudantil. Só aplicando na prática tais valores é que o movimento estudantil brasileiro poderá retomar o seu papel de protagonista nos principais processos de luta e transformação social no país. 
Com a juventude brasileira em luta, com certeza AMANHÃ VAI SER OUTRO DIA!
# Confira mais informações sobre o 52º Congresso da UNE no site da entidade: http://www.une.org.br/

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O dia 05 de maio de 2011 significou, sem dúvida, uma data histórica na Universidade Federal do Oeste do Pará. Nele foi realizada uma das maiores e mais importantes Assembléias da comunidade acadêmica da instituição. Professores, estudantes e técnicos-administrativos lotaram o Auditório da UFOPA para discutir e aprovar ações frente ao processo repressivo instalado pela Reitoria pró-tempore de José Seixas Lourenço.
A Assembléia começou por volta das 16 horas e se estendeu até as 19h, período em que diversas pessoas fizeram falas analisando a atual situação por que passa a UFOPA. Críticas ao modelo acadêmico adotado a partir deste ano, denúncias dos problemas estruturais vivenciados na instituição e, principalmente, um clamor por democracia foram a tônica do evento.
Conforme noticiado anteriormente pelo blog da UES, a Reitoria da instituição ingressou com processos administrativos para punir o docente Gilson Costa, o servidor Wallace Souza e mais de 40 estudantes envolvidos em um protesto pacífico ocorrido na aula magna do dia 18 de março.
Frente a essa atitude autoritária, as 3 categorias da UFOPA tomaram uma postura muito clara: exigir a imediata extinção de todos os processos. Como forma de pressionar a Reitoria para tal, foi aprovada na Assembléia, por imensa maioria de votos, a proposta de paralisação das atividades da UFOPA no dia 19 de maio de 2011. Na ocasião, a comunidade acadêmica se reunirá para discutir a conjuntura atual da Universidade, bem como as principais demandas das 3 categorias.
Além disso, foi aprovada também a adesão da UFOPA ao movimento de servidores públicos federais que realizará uma paralisação nacional no dia 11 de maio, contra os ataques do governo Dilma ao funcionalismo público.
Com todo esse intenso processo de mobilização na UFOPA, as esperanças de que ‘amanhã vai ser outro dia’ são cada vez maiores.

- Texto: Ib Tapajós (coordenador da UES)
- Fotografias: Ramon Santos (diretor e fotógrafo da UES)

# Confira no 'Mais informações' o texto A UFOPA que queremos, escrito por Wallace Souza (coordenador geral do DCE e servidor da UFOPA), que analisa as perspectivas abertas para a Universidade a partir da Assembléia do dia 05 de maio.
O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu, por unanimidade, como união estável ou entidade familiar a união homoafetiva. "O reconhecimento, portanto, pelo tribunal, hoje, desses direitos, responde a um grupo de pessoas que durante longo tempo foram humilhadas, cujos direitos foram ignorados, cuja dignidade foi ofendida, cuja identidade foi denegada e cuja liberdade foi oprimida", afirmou a ministra Ellen Gracie.
Pela decisão do Supremo, os homossexuais passam a ter reconhecido o direito de receber pensão alimentícia, ter acesso à herança de seu companheiro em caso de morte, podem ser incluídos como dependentes nos planos de saúde, poderão adotar filhos e registrá-los em seus nomes, dentre outros direitos.
As uniões homoafetivas serão colocadas com a decisão do tribunal ao lado dos três tipos de família já reconhecidos pela Constituição: a família convencional formada com o casamento, a família decorrente da união estável e a família formada, por exemplo, pela mãe solteira e seus filhos. E como entidade familiar, as uniões de pessoas do mesmo sexo passam a merecer a mesma proteção do Estado.
Facilidade
A decisão do STF deve simplificar a extensão desses direitos. Por ser uma decisão em duas ações diretas de inconstitucionalidade - uma de autoria do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e outra pela vice-procuradora-geral da República, Deborah Duprat -, o entendimento do STF deve ser seguido por todos os tribunais do país.
Os casais homossexuais estarão submetidos às mesmas obrigações e cautelas impostas para os casais heterossexuais. Por exemplo: para ter direito à pensão por morte, terá de comprovar que mantinha com o companheiro que morreu uma união em regime estável.
Pela legislação atual e por decisões de alguns tribunais, as uniões de pessoas de mesmo sexo eram tratadas como uma sociedade de fato, como se fosse um negócio. Assim, em caso de separação, não havia direito a pensão, por exemplo. E a partilha de bens era feita medindo-se o esforço de cada um para a formação do patrimônio adquirido.
 
Fonte: Agência Estado

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Ontem (04/05), estudantes da UEPA e UFPA foram à porta da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (ALEPA) mostrar sua indignação perante o escândalo que vem assolando o legislativo estadual.
Vestidos de fantasmas, em alusão às pessoas que recebiam salários sem trabalhar na instituição, os alunos exigiram a punição e prisão dos envolvidos nos recentes escândalos de corrupção na Assembleia. Os estudantes fizeram, ainda, uma distribuição de pizzas a quem passava no local, para mostrar que não aceitarão que os desvios de recursos públicos terminem em pizza.
Segundo o coordenador-geral do Diretório Central dos Estudantes da UFPA, Rafael Saldanha, o objetivo do protesto é intensificar a pressão sobre os deputados e mostrar a indignação com a “roubalheira” instalada na Alepa. “Isso é uma vergonha para o povo paraense. Pessoas que foram eleitas para legislar a favor da população se aproveitam dessa condição para enriquecer, enquanto o Pará se destaca com o aumento dos índices de pobreza. Quem rouba dinheiro público deve ir para a cadeia e, se preciso for, vamos pressionar diariamente para que isto aconteça”, garante Saldanha. 
O estudante criticou os parlamentares que ainda não assinaram o pedido de CPI feito pelo deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL), para investigar a corrupção na ALEPA. “Se eles não querem assinar o pedido, é porque têm medo. Tudo indica que existe ainda muito mais sujeira. Por isso, é preciso investigar e instalar uma CPI imediatamente e não vamos aceitar que tudo isso acabe em pizza. Se for preciso, vamos colocar no poste as fotos dos deputados que não querem assinar o pedido de CPI”, afirma o líder estudantil.
Durante o protesto, os estudantes da UEPA aproveitaram para pressionar por mais verbas para a instituição e concurso público para novos professores efetivos. “Enquanto sofremos cortes em nosso Orçamento, assistimos a mais um escândalo de corrupção, que desvia recursos que poderiam ser investidos em bolsas de pesquisa e extensão, mais professores e verbas para a assistência estudantil. Se tem dinheiro do Estado sobrando para ser roubado na Assembleia, queremos que eles sejam investidos na educação”, defende a coordenadora-geral do DCE da UEPA, Juliana Rodrigues.
De acordo com ela, os estudantes da UEPA e da UFPA não irão descansar enquanto todos os envolvidos na corrupção não forem punidos. “Se eles pensam que se escondendo e reduzindo o número de sessões ordinárias na Assembleia, vão arrefecer nosso ânimo, eles estão enganados. Não vamos deixar mais esse escândalo cair no esquecimento da população e vamos intensificar nossa mobilização”, promete Juliana.

# Fotos e informações extraídos do blog do coletivo de juventude Romper o Dia!

terça-feira, 3 de maio de 2011

No blog Quarto Poder:

Pacientes internados no pronto socorro municipal de Santarém ficaram surpresos com o tratamento vip dispensado a eles no último domingo (01/05). Estaria a prefeitura cumprindo seu papel e atendendo um clamor antigo da população humanizando aquela unidade de saúde pública?
Não! O motivo do atendimento ‘eficaz’ aos doentes ocorreu por conta da visita surpresa do ministro Alexandre Padilha no feriado do dia do trabalhador.
De acordo com relatos de pacientes e acompanhantes, no início da manhã de domingo, era um corre-corre de funcionários pelos corredores do PSM com balde e vassouras nas mãos, limpando tudo! O cheiro de água sanitária e desinfetante exalou por todos os corredores.
Quando Padilha adentrou naquele moderno e eficaz pronto-socorro vislumbrou-se com o cenário utópico. Tudo limpo. Pacientes bem cuidados. Profissionais sorridentes. Nem parecia que ele estava em um hospital público. Os doentes foram devidamente acomodados em cadeiras e macas limpas, observados cuidadosamente por enfermeiros bem educados, atentos e solícitos. Havia dois médicos plantonistas para cada consultório, coisa rara para um plantão de domingo.
Tão logo o ministro deixou o PSM, a realidade nua e crua da emergência do hospital de Santarém voltou à sua normalidade, provocando um pedido em coro pelos pacientes: “Volta, ministro, volta!”.
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